sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Do Tempo Que Me Resta


A memória vívida certamente vai me torturar mais que qualquer silêncio, pois é música ambiente. O sol prosseguirá queimando minhas costas, os ventos dos julhos e agostos deixarão suas marcas em minha pele morta. E a cada novo setembro um avião virá de encontro à minha fronte. A chuva trará seu abrigo e disfarçará toda a lágrima, caso não me falte coragem para apreciar raios e trovões de muito perto. Não haverá segundo sem hesitação. E não existirá o “sempre” enquanto continuarmos a morrer e não pudermos comprová-lo.