No pequeno mundo as pessoas sujeitas aos padrões que criam
espontaneamente não se dão conta que limitam a diversidade. Porta afora o que se vê
é a mesma película gasta pela continuidade da projeção, um cinema antigo sem ar
condicionado, poltronas rasgadas e som repleto de falhas.
Sempre assistindo a tudo, observando os detalhes, há os dois
ratos de auditório. Compartilham histórias que presenciaram e que merecem ser
gravadas em forma de notas mentais. O vício é tão antigo quanto eles podem se
lembrar.
Rir é um comportamento tão natural que duvidam da existência
de outro gênero cinematográfico. Ainda que o que vêem seja triste e lamentável,
o sarcasmo consegue encontrar seu espaço. É assim com seu próprio
média-metragem, a ironia de se perceberem rindo de si mesmos ao invés de
calarem sua amargura.
A pipoca é boa, o cinema sobrevive.
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