terça-feira, 1 de maio de 2012

Meu Mundo Repleto de Cinza

Ando depressa, embora meu raciocínio não consiga acompanhar a velocidade dos meus passos. Os buracos nas solas de meus sapatos. Ajeito minha roupa surrada enquanto caminho determinado e um tanto distraído. Minha gravata sempre torta. Atrapalhado que sou, não poderiam ser diferentes meus pensamentos. Arrumar dinheiro, não por esse caminho, aqui tem polícia, como é adorável a moça que vende flores, seus cabelos, seus olhos, minha fome, não comi nada hoje, preciso de dinheiro, ela é tão linda... O tempo passa acelerado, não me ajuda, e acabo não prosseguindo, pois preciso desviar sempre o caminho. Correr de quem me maltrata. Cansado, faminto, encontro novamente a vendedora que cheira a rosas. Peço desculpas, não poderei comprar flores. Ela me reconhece e diz que está tudo bem. Sorri e o tempo pára. Está tudo bem.

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