segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Em Três Tempos


O longo caminho da primeira lágrima é marcado por um desespero verborrágico e a necessidade de não mais tentar abrandar o fogo invisível a olhos desatentos, mas que arde e consome tudo o que me é intrínseco.

A próxima não é percebida de fora, porém chega letal, ainda que brevemente. O golpe me joga trezentos mil quilômetros adiante e mal percebo que somente um segundo se passou.

E o que parecia perdido em definitivo mostrou-se repentinamente diante de meus olhos, como se ali sempre estivesse.

Então veio a terceira lágrima. Esta fez (e faz) um caminho diferente, às vezes oculto, outras vezes explícito, mas infindável, renovando-se a cada lembrança do que foi o momento mais feliz em muito, muito tempo.

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