domingo, 10 de junho de 2012

O Álcool, o Cigarro, as Mãos e o Fogo

Era o que havia: os raros minutos, as pequenas descobertas, os sonhos. A fixação em selecionar trilhas sonoras, as palavras reais dedicadas aos fantasmas, o desequilíbrio no universo, a sensação térmica rindo da previsão do tempo. E a rocha invencível e impiedosa, testando todos os meus limites.

À mesa, memórias servidas quentes para evitar distorções. A similaridade está em tudo, do ruído abafado das conversas ao frio que corta minha pele. Música, rostos conhecidos, minhas roupas e meu gradual desenvolvimento etílico. A mente detalha cada momento, cada espaço percorrido em sua companhia, mesmo tanto tempo depois.

Das voltas do mundo não me dou conta. Ainda estou onde e quando ele deixou de existir por um breve período. Desejo a chuva incessante para me fazer acordado, o vento forte inutilizando qualquer proteção. Mas apenas o deserto silencioso e constante é a mim concedido. A sede segue.

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