Nina não quer deixá-lo dormir. Canta docemente sua tristeza
e a dele, fazendo-o pensar que nada pode ser mais bonito. É música que o faz
chorar mesmo sem motivo, pois, neste caso, não carrega o fardo da nostalgia.
Gostaria somente de poder compartilhar Nina.
O texto que pensava ser prioridade não sai. Em seu lugar,
páginas e páginas de autocomiseração pública. Bate na mesma tecla com cuidado
para não machucá-la, esquecendo de proteger a si próprio - seus dedos traduzem
a dor de todo seu corpo.
Recusa-se a acreditar que criou este mundo, ainda que pareça
ser o único preso a ele. Reconhece, porém, que a história não termina para quem
a percebe iniciada.
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