Lá do alto conhece o paradoxo de se ver gigante ao término
de uma jornada e sentir-se minimamente pequena ao perceber o mundo com a visão
periférica. Às vezes é o topo da montanha. Às vezes é o hemisfério norte. “Lar”
não é limite geográfico, mas, sim, onde o coração se alegra. Feita de paixão e
curiosidade não poderia ser diferente.
O caminho é sem volta, em todos os sentidos. Não deseja a cura
para esse vício, se é que esta existe. Tampouco existe realmente um retorno,
porque a viagem se encarrega de transformar o viajante. É assim que, mesmo num
ambiente familiar, em companhia de seus conhecidos de longa data, sente-se
constantemente em trânsito e compreende a beleza de não pertencer exclusivamente
a lugar algum.
Reivindica para seu corpo um merecido descanso. Nada muito
exagerado, apenas o suficiente para repor as energias. Seu pensamento acelerado
alterna entre os novos velhos amigos e as adoráveis histórias colhidas na
última experiência. O brilho nos olhos e o sorriso denotam, além da satisfação,
a certeza do que fazer em seguida. É preciso sempre criar caminhos para a
aventura de criar caminhos. E compartilhar horizontes.
(Dedicado à Isa, amada
sista e minha cidadã do mundo preferida)
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